Teasing (18+)

Há algum tempo atrás, estávamos eu, Adegmar e Antônio discutindo sobre a atual conjuntura do pornô, sempre tão presente em nossas vidas e, na maioria das vezes, tão marginalizado. Foi aí que entramos no assunto dos sites pornôs e das variações existentes que, sem a menor sombra dúvida, é capaz de agradar do mais primitivo perversso ao mais nobre clérigo. Discutimos então as preferências de cada um acerca de tais variações, por exemplo, Adegmar, assim como eu, se mostrou bastante entusiasmado e interessado em pornô europeu, onde parece existir um maior envolvimento entre os atores, quase nos dando uma ilusão de paixão. A variação de Latinas, por exemplo, sempre bem aclamada, com suas atrizes impecáveis... Jenaveve Jolie, Esperanza Gomez etc. Enfim, em um próximo post pretendo discorrer mais acerca da cena pornô atual, por agora, o que pretendo mesmo é simplesmente postar um vídeo que achei magnífico e que trata de uma das variações que mais gosto, mais conhecida como Teasing, que significa "excitar", "provocar", e que, à época daquela discussão tão acalorada, me esqueci de citar.


Perfect girls teasing! (compilation) brought to you by PornHub

So fucking good!

Complete: Eu já fui... Eu já comi... Eu já quis... Eu escutava... Eu gostava... Eu odiava... Eu botava... Eu tinha... Eu queimei... Eu deixei... Eu decepcionei... Eu optei... Eu desci... Eu subi... Eu errei...

Eu já fui no show do Teatro Mágico.
Eu já comi Sushi.
Eu já quis voar.
Eu escutava música repetidamente até me cansar.
Eu gostava de confiar nas pessoas.
Eu odiava atender telefone.
Eu botava [e até hj coloco] música na maior altura.
Eu tinha um tamagoshi.
Eu queimei fotos.
Eu deixei as coisas fluirem.
Eu decepcionei uma pessoa que eu gosto muito, e tal pessoa tb me decepcionou.
Eu optei por ser feliz.
Eu desci escada rolante ao contrário.
Eu subi em muitas árvores e já cai de tantas outras.
Eu errei ao falar demais pra quem não queria ouvir.

Não existe resposta para todas as perguntas...

Área de segurança máxima.

Depois do quente no fundo do copo, e um desafio ao garçom – NÃO VAMOS PAGAR OS 10%! - o que nos resta é o fim da decadência noturna – sapo de policial e onibus. O ponto de distribuição é a pça civica novamente, onde a noite havia começado.Todos bebados e cambaleando em direção aos seus respectivos pontos de onibus. Aquela voz feminina e estridente berra de longe:
-Ou, seu pau no cú, é por aquiii!
O policial não gostou, o governador, de repente, pode acordar ou sonhar com um pau no cú.
Ou ele acordou devido ao palavrão berrado.
-Vocês façam silêncio, que isso aqui é uma área de segurança máxima.
-?,?,?,?,?.
-Se não vocês darão a volta por fora da pça.
Pensei e falei alto: -Não entendi, o que tem a ver área de segurança máxima com silêncio,
hic.

O Policial Olinto, sentiu-se ofendido e veio tomar satisfação: - O que você falou Zé Ruela?
Eihm!?
Radio: Para o rapaz!
Mais dois policiais me cercaram um deles pergunta: - O que aconteceu ali?
-Nada.
-Você tá vindo de onde?
-Da noite, do bar.

Logo em seguida o Olinto chega: - O que você falou ali, tô tratando vocês com maior educação e você fica curtindo com minha cara, rapaz, você é um Zé Ruela, some daqui vai pra casa.
Os outros dois guardas olharam com desprezo para mim o pro Olinto, pensaram que ambos é quem seriam os Zés Ruelas e não somente um na situação, deslocar dois policiais de seus postos e ainda pede respeito para a área de segurança máxima, não é uma estratégia muito inteligente.
E assim finda apenas uma noite, uma noite começada na pça civica – pastelaria da 84 – e terminada na pça civica. O que pertence a esse intervalo são as cabeçudas, o porta-malas, o copo de cocô, a mijada, a guerra de coisas e o pacotinho de “gominha” de terminal.

O conteúdo do pacote 2 ou 1.

(nessas horas, hic, a ordem não importa.)

-Estaciona o carro aqui e vamo tirar o Adegmar do porta-malas.
BLAPT!

-E aí como é andar no porta-malas do carro?
-A pior sensação do mundo. Hahaha, hic.
-Vamo sentar ali então.
-AROOOUT!

A porta do banheiro é um cartaz de plástico de algum filme ou banda, não me lembro. Azar das mulheres nessas horas porque tem que ficar na fila e não pode usar o mesmo vazo. Sou educado, se não lavo as mãos é como se não tomasse banho. Encontro uma pessoa que nunca vi na fila do feminino.
-Se eu fosse Deus te dava pau por uma noite só para você saber como é mijar em pé, hic.Comento com uma morena que está na fila. Ela sorri e assente com a cabeça. Seus olhos e dentes
estão azuis, devido ao neon. Continuo, falando pra ela:
-Você descobriria a sensação de mirar no meio da rodela de limão com tanta força que
arrancaria o meio. E depois é só balançar. Mas o melhor mesmo deve ser fazer furo no meio do
gelo, ou então vê-lo derreter, com a urina.
Ela não fazia outra coisa que não balançar a cabeça e sorrir, deve ser surda.
-Te daria pau somente por uma noite. Bem deixa eu ir que já estou falando asneira.
Como se já não tivesse a cumprimentado com uma asneira.

O conteúdo do pacote.

O assunto na mesa está escatológico, está pornô e também sem noção, nada disso importa porque tudo já foi distorcido e desmembrado. No pulo daqui para ali, duma mesa pra outra eu não tenho nenhuma proposta melhor do que ficar ali fumando e bebendo. A vontade do pó nos leva para outro lugar. E lá nada muda o sem graça ainda impera, o que causa animo é andar no porta malas.
Entre umas e outras, entre o aqui e ali o seu Kuka é o penúltimo lugar, depois de seguir uma morena e uma loira, ambas de pernas grossas. A guerra do que está próximo da mão começa, como dito antes, o guarda-napos é a bandeira branca da paz.
-Luiz eu vou vomitar...sic
-Eu vou com voce, sic, pra filmar ou tirar foto.

Aquela risada embriagada de desprezo, lamuria e ironia – ririririr, bluargh.
-Renan, lembra que eu te falei que queria cagar, acho que vou cagar. Vou lá pegar o copo
americano, peraí (sic).
-Bluaaaaaaargh (sic).
A cena é absurda, bizarra e insana, um copo de pinga abaixo da bunda esperando o cocô cair. De repente o copo comeca a ficar quente e pesado, até o topo.
-O que a gente faz com ele agora?
-Sei lá o cocô é seu, riririr (sic).
-Vamo tirar foto.
-Mas aqui tá escuro.
-Peraí que vou ali pegar uma lanterna (sic).
A luz do poste não é suficiente, por isso é necessário luz extra. Uma foto bem tirada na madrugada sem graça, sem noção. Os ambientalistas devem me amar, é menos agua limpa com coisa suja. Soube que pela manhã o copo já não estava mais lá, com certeza foi parar em uma sacola do carrefour.

O Copo de Bosta

Iconoplastia, semiótica... Ah, sim, o imaginário de uma noite! Eu (Renan) fui mijar e aproveitei para vomitar. Luiz, para me acompanhar também resolve ir mijar em algum vértice de muros quando, mal havia eu terminado meu esguicho, me vem igual um louco varrido, arrastando as pernas pelo lote baldio com uma ideia e um sorriso sacana: vou cagar no copo. De prontidão a ideia é aplaudida por mim e por todos os deuses devassos que, do céu e do inferno, nos assistiam. Correndo, Luiz vai até a mesa e volta com o copo, que a partir daquele momento teria outra definição: mini-latrina portátil. Espero para que, enfim, possamos registrar o momento para a posteridade. Para que nossos colegas pós-apocalipse possam rir de algumas coisas enquanto são caçados por máquinas assassinas e para que entendam o real motivo de eles, àquele tempo futuro, usarem copos de cerveja para sanarem suas dívidas com o cu!

O Pacote

“I want break freee” como som de fundo, na cabeça, e a atitude contida n'alguns copos de cerveja, goladas de vinho, cigarros e um charuto. Assim vai adentro uma noite de sexta-feira, com conversas fiadas e putarias a cada uma, ou outra mesa. O copo quebrado quando pago afronta a honra do dono do bar, com o paninho sujo e a tatuagem de cadeia, que lhe devolve com gosto os 3 reais, pra felicidade do Sr. Magoo rola um realzinho de gorjeta.
Vamos mais uma vez nos aventurar por aí, todos atrás do painel do carro e um no porta- malas. Mas para que haja aí uma sequência lógica deve ocorrer antes um evento para tal. E o maior fator de ocorrência é a vontade incontrolável de dar uns tiros nas carreiras dispersas pela madruga em lugares Vintages. O subterfúgio para ludibriar o agradável rapaz, presente na mesa, é a possível companhia de uma das gêmeas. - Vamo lá, uma delas está desacompanhada.
O asfalto sob as rodas e o caminho na cabeça, leva a vontade e seu detentor, e também toda a trupe de atrapalhados. Vintage como destino e objetivo e lá: duas cabeçudas, acompanhadas de dois blackpowers cada. O clichê certo é: banho de água fria. Tomemos outra atitude pois lá é um S-A-C-O e a cerveja é 4 reais.
− Quero ir no porta-malas. Quero saber como um sequestrado se sente. Um pacote indo para a morte, para a geladeira, o que diria todos os ovos da cartela. Além de tudo acaba até economizando espaço, pois, daí não há necessidade de irmos no colo uns dos outros.
− Tá bom, se você quer ir tudo bem. [Barulho do porta-malas abrindo, BLAPT.] É uma viagem profunda que se tem no porta-malas, ainda mais com o etil correndo nas veias. De repente um grito: - Uhuuuu, isso aqui é doido demais. Logo vem a resposta: -  Cala a boca, se a polícia para a gente, o Renam tá ferrado. Viagem por viagem a gente vai parar n'outro lugar, que lá não ficamos nem por 2 minutos.
Estamos entediados, a última proposta é de seguir elas. Outra mesa patrocinada e tem-se mais cerveja. É interessante a guerra travada, ora pelo discurso filosófico de bar, ora pela bituca acesa que voa, pela cerveja que retorna, pela beirada do pastel que acompanha, tendo como bandeira da paz o guarda-napos.
Assim é mais uma noite com suas peculiaridades e este é o breve capítulo do resto que aconteceu.
Claro, precisarei d'outras linha para expor a loucura noturna como um todo.