Área de segurança máxima.

Depois do quente no fundo do copo, e um desafio ao garçom – NÃO VAMOS PAGAR OS 10%! - o que nos resta é o fim da decadência noturna – sapo de policial e onibus. O ponto de distribuição é a pça civica novamente, onde a noite havia começado.Todos bebados e cambaleando em direção aos seus respectivos pontos de onibus. Aquela voz feminina e estridente berra de longe:
-Ou, seu pau no cú, é por aquiii!
O policial não gostou, o governador, de repente, pode acordar ou sonhar com um pau no cú.
Ou ele acordou devido ao palavrão berrado.
-Vocês façam silêncio, que isso aqui é uma área de segurança máxima.
-?,?,?,?,?.
-Se não vocês darão a volta por fora da pça.
Pensei e falei alto: -Não entendi, o que tem a ver área de segurança máxima com silêncio,
hic.

O Policial Olinto, sentiu-se ofendido e veio tomar satisfação: - O que você falou Zé Ruela?
Eihm!?
Radio: Para o rapaz!
Mais dois policiais me cercaram um deles pergunta: - O que aconteceu ali?
-Nada.
-Você tá vindo de onde?
-Da noite, do bar.

Logo em seguida o Olinto chega: - O que você falou ali, tô tratando vocês com maior educação e você fica curtindo com minha cara, rapaz, você é um Zé Ruela, some daqui vai pra casa.
Os outros dois guardas olharam com desprezo para mim o pro Olinto, pensaram que ambos é quem seriam os Zés Ruelas e não somente um na situação, deslocar dois policiais de seus postos e ainda pede respeito para a área de segurança máxima, não é uma estratégia muito inteligente.
E assim finda apenas uma noite, uma noite começada na pça civica – pastelaria da 84 – e terminada na pça civica. O que pertence a esse intervalo são as cabeçudas, o porta-malas, o copo de cocô, a mijada, a guerra de coisas e o pacotinho de “gominha” de terminal.

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